quarta-feira, dezembro 02, 2009
Caravaggio
Sempre gostei das obras de Caravaggio, principalmente do contraste entre claro e escuro, ainda mais quando as cores fortes se mostram cada vez mais vivas.
As vezes medito como são Jerônimo, sei que a pele ficará flácida e a carne perderá seu tônus. Não sou santo, muito menos católico, mas sempre há algo que irá ser comum a nós por enquanto.
Dizem que a madrugada é a hora da morte, não acredito muito. Deixo as reflexões para Saint Jerome, que reflita sobre a martirização e suas mortificações.
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6 comentários:
Me sinto tão acordada na madrugada que me é impossivel pensa-la como a hora dos mortos.
Acho interessante que vc se interesse por telas e arte! Poucos olham para alguma pintura ou escultura e realmente apreciam, pensam nela.Eu como gosto muito disso e as vezes até me arrisco a fazer algo, acho muito legal que alguns persistem olhando através de uma obra.
continue assim =D
bjss
Olá Juh,
Realmente, pintura, (es)cultura, literatura e música são coisas sem as quais, acredito, não viveria bem.
Acho que as obras de arte, independente de gênero, são emoções em estado bruto.
Abraços
Não concordo com a assertiva "emoções em estado bruto"... São almas dilapidadas meu amigo, como a sua e também sensibilidade autêntica. Eu também adoro os contrastes, antagonismos, opostos ou desequilíbrio... Talvez porque eu perceba o centro disto tudo ou tento, a eqüidade absoluta do "sentir". Madrugada é pausa, interrupção, agitação ou melancolia. Inspira-me... assim como olhar esta tela ou ler esta poesia implícita.
Abraço.
dudu, me escreve quando puder: rmesmeraldo@hotmail.com
Abraços,
Rafael
Oi Lu, entendi o que quis dizer. Acho que a arte, como sublimação, pode ser mesmo resultado de uma maior lapidação, mas acho que seu primado está na emoção bruta, na angústia, no desespero e em tantas outras emoções. Penso muito em Van Gogh, Nietzsche, Sade e Lispector ao falar isso. Talvez a obra deles não tivesse tanta força ou importância se não fosse assim.
Você é muito condescendente com meus texto, se é que posso chamar esse conjunto de palavras, divididas em seis linhas de "texto", ao chama-lo de poesia, acho que a poesia e as sensações não vêm da música, da pintura, ou no caso esse texto, mas justamente de que entra em contato com ele. A sensibilidade é toda sua.
Abraços minha amiga.
Grande Rafa! Já mandei o e-mail pra vc.^^
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