quarta-feira, março 10, 2010

Cotiadiano ou Desacertos


E é assim que sempre continuam os dias. As férias finalmente acabam e as coisas começam a voltar ao seu ritmo, ou seja, começam a dar errado.

Máquina de lavar pifada, descarga da suíte com defeito, computador formatado e raridades perdidas. E tudo só na primeira semana de trabalho... Nada como volta à velha rotina.

Em breve será mais um ano de Tardes Quentes de Outono, e eu ainda não me encontro no meu modo de escrever. De diário virtual dos meus 18 anos, desabafos virtuais, blog de pequenas crônicas, à, com o fim do weblogger, um blog, algo disforme e sem rumo dos dias de hoje.

Do calouro da faculdade; das idas à cidade velha, das bebidas do bar do fogão; das viradas de noites com os amigos na velha boate undergroud que funcionava numa panquequeria num dos velhos casarões do bairro histórico; das madrugadas a filosofar com vinhos e salgadinhos na varanda de frente pro mar; dos infartos, comas, cânceres e mortes; do início da vida adulta; da tomada da vida profissional; do casamento e das novas descobertas como homem, marido, companheiro; de todo um percurso intermitente, pelo qual percorro me dando conta as vezes, as palavras sobram e sobrevoam tudo.

Tudo porque olho demais para trás. Quero voltar a escrever crônicas. Quero me animar a escrever mais.

Então sento na frente do computador, enquanto ponho The Smiths pra tocar. Penso em contar alguma história alheia...



“...Como a duas décadas atrás ele vinha ao mesmo parque, não sabia ao certo o porque, mas como se as folhas do outono caídas sobre a pequena estrada de seixos lhe fossem um emplastro para alguma dor crônica, tomava sua caminhada em doses homeopáticas. Foi ai que aconteceu.

Sem avisar, vinha uma lufada de vento que trazia mais do que as folhas amarelas e secas, mas as novas de uma história que se perdera à muito e que pela qual ele não cuidara de se resguardar, talvez por imprudência (quem sabe?), mas a qual nem horas e mais horas de seu emplastro poderia sanar...”

2 comentários:

Juh S. disse...

Ah... The Smiths é muito bom!

SIm, nostalgias, e o blog registrando-as. Continue a escrever, seja crônicas seja outros textos, pois aprecio muito lê-los.

E sobre seu comentário no meu texto, concordo, as mulheres sempre tem a tendencia a procurar os cafajestes...

Mas por que vcs homens não merecem um dia para vcs?
ahahahha

abraços.

Eduardo disse...

Pq a gente não consegue viver sem as mulheres. rsssss

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