Saindo um pouco desse lado recapitulador de minha própria vida e suas reflexões e indo para minha veia mais jornalista e sociológica, fiquei a refletir sobre um tema tão atual quanto chinfrim para mim: a MODA.
Em um período de fashions weeks, como o que vem acontecendo aqui nesse momento, fico ainda me surpreendendo com os contra-sensos que encontro quando vou à loja e dou de encontro a um dos últimos subprodutos das passarelas internacionais e nacionais, o que sobra das solas dos saltos-altos das supermodels: a roupa que vou comprar pra mim.Não sou uma pessoa fisicamente privilegiada de beleza e proporções corporais (se bem que, mesmo com toda a vaidade de um jovem adulto e a pressão da mídia sobre beleza, para mim não fazem mais falta do que possuo dentro da cabeça), mas gosto de me vestir bem e confortavelmente. Na verdade, a ultima coisa que levo em conta na hora de comprar as sobras dos desfiles, das modelos, dos anúncios, do lobby, das grifes e dos bilhões de dólares em investimento é o meu gosto. Compro o que me serve, melhor dizendo: no que caibo.
Não preciso ser mulher para sentir a grande exclusão social que existe quando o assunto é se vestir (e não quero dizer aqui se vestir bem ou mal, e sim, se vestir). A verdade é que o grande fator de exclusão é somente um, se chama PADRÃO. Eu não estou nesse padrão, tenho 1,93 metros e tenho meus quilinhos a mais como bom leitor sedentário, assim como quase toda a população brasileira.Embora ache muito interessante a leitura de Lipovetsky faz da moda como uma nova estrutura social, que talvez venha reciclar velhas ideologias, o que encontro está longe de minha visão confortável do trio básico (jeans, camiseta e tênis).
Quando as camisetas não tem cores berrantes, milhares de estampas sem sentidos, ou milhares de anúncios e marcas de suas fabricantes, as calças tem mais furos e são mais surradas que as de um mendigo, sem falar que encontrar um tênis (ou qualquer outro sapato) de numero 45 que não seja semelhante a um sapato de astronauta ou sapatos do Cirque de Soleil é piada.
Talvez o objetivo final da moda seja com que fiquemos tão ridículos como as pessoas que desfilam as grandes grifes. Pena que não ganho 1 centavo para bancar o palhaço.
2 comentários:
ahahahahahaha
na rua é mal gosto, adorei.
me visto da forma que m sinto bem, e enm sempre é com o bom moletom. As vezes oupas bonitas me deixam bem. E uase nunca elas sao da moda, porque precisam ficar bem no meu corpo, e nao no de modelos esqueleticas palidas de cabelos estranhos.
moda é uma grandebesteira, alias é mais uma besteira capitalista para induzir as pessoas a comprarem.
Caquinho, adorei o viés jornalista! E também o post e o template novo (mudei o meu tambééém!)! =*
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