terça-feira, julho 06, 2010

Casa Forte




Café, batata, terça-feira. Na verdade é quinta. Caminhei alguns quilômetros.

Meu irmão me fala sobre “A noite do espantalho”, eu não me lembro como era o final, então ele me explica e logo estamos falando de música.

Minh’alma voa longo ali e volta, enquanto passamos pelas árvores e prédios de Casa Forte. Rimos.

Somos crianças novamente a conversar. Caminhamos alguns quilômetros porque erramos parte do caminho, então, enquanto fazemos o caminho de volta, penso que muita coisa já está melhor.

Sou presa do seu sorriso fácil. Sorriso que brota do seu semblante fechado, junto com aquela lembrança de quando se era garoto e o mundo parecia menos perigoso, da segurança do nosso quarto, cheio de gibis e desenhos nas folhas de papéis espalhados pelo quarto.

Estamos quase chegando.

Ainda somos garotos a se empurrar e rir nas ruas de Casa Forte.





Trilha sonora:

9 comentários:

Luana Andrade disse...

É evidente que embeveço-me com suas descrições meu amigo, e quando me apresenta estas memórias cálidas é fato que origina um sorriso no canto do lábio, meio que hesitante em invadir esta infância que vislumbro nas palavras, nos passos, nos risos...
Magnífica sensibilidade.
Abraços Tempestade, calorosos de profunda admiração pelas claras lembranças componentes de sua áurea magistral.

Eduardo disse...

Lu: Lendo você falar em memórias, não tinha percebido, mas acho que esse é um blog de memórias. Não só das passadas, mas presentes e, talvez, das que estão por vir. Memórias que, enquanto esse blog existir, existirão por muito tempo depois que me for.
Obrigado pelos elogios e pelas observações. Acho que depois de escrito quem dá sentido a ele não é mais o autor, mas sim quem o lê.

Um abração Lu.

Luana Andrade disse...

Sim, memórias nos constituem, são nossos tripés (relembrando Clarice...) Eu costumo ser desorganizada com as minhas, transitória...
Meu amigo, postei o link para bloqueio da seleção de texto na minha réplica a seu comentário em "Somente resiliência e gatos", e apercebo que deveria incluir aqui, enfim, verifique meu parecer, rs.
Abraço! E estou com uma vontade de tomar capuccino e ler um livro, acho que relembrando aquele seu texto da cafeteria. *-*

Renatinha disse...

Só não pareceu melhor (poxa, sua leitura é cada dia mais aconchegante, viu?) porque não passou aqui em casa,que é pertinho. Tô de férias. Bora tomar o bendito café!! =*

Eduardo disse...

Jornalista!
é só dizer o dia e a hora ^^

Guilherme Navarro disse...

Descrições muito interessantes por aqui. Gostei.

Eduardo disse...

Obrigado pela visita Guilherme. Sinta-se a vontade por aqui,

adelmo disse...

Adelmo: Esse é meu irmão!! e como tudo que vem dele é fantástico, assim não poderia deixar de ser um belíssimo blog. Parabéns!!

Eduardo disse...

Fala Dedé! Saudades de tu viu.

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