segunda-feira, abril 30, 2012

De partida


 

 Arquivo pessoal

Faço as malas. Vou partir e imagino o que verei e o que estarei por rever.

Não há espaço suficiente para o que levo na bagagem.

É tarde de domingo e sinto o fim do mormaço das 16h, sinto as pequenas gotas de suor em minha testa e imagino coisas bobas, situações bobas e as pessoas que encontrarei.

Estou de partida.

Parto também para minha velha terra, cuja poeira das tardes me é constitutiva. Caminho pelas ruas de paralelepípedo daquela cidadezinha em minha mente. Passo pelos bairros e pelas usinas. Percorro um passado com o qual não me identifico mais. Vou percorrê-las realmente em algum momento da minha viagem, mas serei um homem diferente a andar pelas ruas que percorria de bicicleta, pelas quais voltava da escola pra casa.

Escolho dois bons livros para levar, acomodo entre as camisas. Respiro fundo como se fosse mergulhar. Mergulho em lembranças ao escrever. Estou de partida. Levo livros, amores e amigos comigo. Sei que volto.

2 comentários:

... disse...

Lembra-me o que não gostaria... Aí, se fossem minhas suas palavras, que belo seria mentir assim!

... disse...

Lembra-me o que não gostaria... Aí, se fossem minhas suas palavras, que belo seria mentir assim!

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