Diários do Rio: Aprendizagem
Passeio pela praia. Estou no Rio.
Bicicletas, árvores e corpos em constante tentativa de
desnudar-se. Caminho pelas ruas e bairros de um Rio cantado e versado nas
velhas bossas novas. Rio das opulentas ruas e shoppings e das favelas visíveis
que circundam a cidade.
Mendigos e carros importados se cruzam diariamente, teatros
e mais teatros. Penso nas peças que gostaria de ver. Talvez veja alguma. Tento
me acostumar com o que encontro de diferente de mim pelas ruas. Artistas
famosos sem maquiagem passam despercebidos pelas ruas, idosos e crianças tomam
conta da Gávea no domingo de manhã.
Aprendo com a cidade e suas situações. Aprendi a trocar um
pneu hoje. Aprendi que ficar calado no taxi ajuda a enganar o taxista para que
ele não dê voltas desnecessárias para me levar a algum lugar. Aprendi que
sorrisos são sorrisos em qualquer lugar e que na grande maioria das vezes são
retribuídos.
Minha esposa compra sapatos. Compro livros. Conversamos e
rimos no Rio. Combinamos de ir aos museus e assistir a alguma peça. Somos
estrangeiros, em terras estrangeiras para nós.
Lembro constantemente de Um
trem para as estrelas de Cazuza e Gil.
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