Porque
pensava que poderia voar, acreditara estar acima dos erros.
Sua
queda foi enorme, e os que viram o corpo celeste ao longe se deliciaram e
tiraram fotografias da queda.
Em
chamas a cair. Da cidade prateada, passando por Hades, continuando à
cair.
As
Fúrias a rirem da queda, lamentado por não tomarem parte dela, por não serem à
elas atribuídas as dores do corpo celeste, que também era homem.
Eu
também estava lá, no frio da noite olhando a chuva de meteoros a convite de
minha amiga, que morava na fazenda vizinha. Fotografei com a velha câmera zenit
de papai.
Sentado
na cerca eu vi a queda dos seus sonhos, dos erros que mais tarde eu adulto
também cometeria. Porque assim somos feitos das poeiras das estrelas, e
entraremos, mais cedo ou mais tarde no Hades, e porque errare humanum est.
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