Volto, depois de anos. Ulisses às avessas.
Volto a partir, depois de anos.
Ao mar jogo os despojos de conquistas distantes. Só me sobra o corpo, que jogo junto às peças de metal frio sem valor para aqueles que não os tem por serventia.
Homem ao mar. Casca de semente que já se tornou árvore, que já servira de casa para aves, roedores, lagartos e outras plantas.
Hoje, casa de cupins, de famílias e famílias de castas diferentes a se erguerem da queda do tronco.
Volto, depois de anos.
Para a terra, de onde voltarei a partir.
Para uma Ítaca que nunca existiu.
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