José das quartas-feiras, santo homem, com quem um dia me encontrei.
Tinha um olhar ferino e respirava como quem reza uma novena. Andava pela feira livre, comprava sacos de castanha, carne, verduras.
Sorria, perdendo os paços de boteco em boteco e ruas porque andou.
Previa as chuvas.
Vestia um terno branco nas quartas-feiras e saia elegante a dar conselhos.
Uma vez disse-me que todos somos presas de nossos desejos e que a elegância era uma roupa que se levava anos para se vestir.
Ria-se todinho. Riso gostoso de se ouvir. Buda nagô, filho da casa real. Muito me ensinou.
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