sábado, junho 16, 2012

Vazio

Havia lembrado de algo da sua infância, dessas coisas que ficam perdidas na memória até que algo acontece e isso vem a tona com toda força. Lera em um livro algo que o remetera aos livros que lia na infância. Fumava um cigarro de cravo, nem gostava tanto, e olhava a chuva contra a iluminação do poste. Era o cheiro de terra molhada. Sua máquina do tempo. Ficaria ainda dez minutos a olhar vazio a chuva contra a luz. O cigarro esquecido. Aguardando o fim do mundo.

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