Tenho tido dificuldade de escrever por ter tanto a dizer...
Antigamente eu escrevia algumas histórias sobre Sebastian, as quais eu mantinha guardada junto com os esboços de meus desenhos dentro de um portfólio de plástico.
Com seus óculos de aros grossos e cabelos desgrenhados pelo vento ele apareceu enquanto eu descansava em baixo de uma árvore em frente ao pequeno lago dos patos. Continuava o mesmo de anos atrás. Nunca mais tinha escrito a seu respeito e nos últimos anos mal havia escrito a respeito de Sara, Stuart, Chris ou Isobel.
Enquanto ele ficava parado e calado, deixando o som das pessoas que transitavam no pequeno passeio de pedras que se estendia sobre a grama que cobria as bordas do lago tomar conta do ambiente, eu me lembrei de que nunca havia terminado um de seus contos... Nunca havia escrito sobre o que acontecera com Belle e seus calmantes... e me senti culpado.
Sempre me sinto culpado, mesmo quando não há de quê sentir culpa, como se de repente eu fosse o próprio Josef K. admitindo que há culpas das quais não conhecemos e as quais estamos submetidos. Minha culpa é gerada e geradora de um círculo vicioso que alternas entre as estações do ano e os períodos de chuva...
Talvez seja o momento de por pontos finais nas coisas, já usei por muito tempo o recursos das reticências.
No fim daquela tarde acabei prometendo a Sebastian que acharia os manuscritos e que tentaria por um ponto final, qualquer que seja o final, à sua história.
Vasculhar manuscritos não é uma coisa fácil, tanto que ainda não tentei, as vezes temos que revirar o quarto, os livros e as estantes. No momento procuro revirar meu momento antes de partir para o dos outros.
O exercício da escrita sempre começou por mim e a respeito de mim, mesmo que tratando a mim enquanto outro que não eu.
Tenho uma história pra contar. Uma história como outra qualquer e enfadonha como outra qualquer.
Essa é a história de Sebastian, Stuart, Sara, Chris, Belle e muitos outros como nós...
Antigamente eu escrevia algumas histórias sobre Sebastian, as quais eu mantinha guardada junto com os esboços de meus desenhos dentro de um portfólio de plástico.
Com seus óculos de aros grossos e cabelos desgrenhados pelo vento ele apareceu enquanto eu descansava em baixo de uma árvore em frente ao pequeno lago dos patos. Continuava o mesmo de anos atrás. Nunca mais tinha escrito a seu respeito e nos últimos anos mal havia escrito a respeito de Sara, Stuart, Chris ou Isobel.
Enquanto ele ficava parado e calado, deixando o som das pessoas que transitavam no pequeno passeio de pedras que se estendia sobre a grama que cobria as bordas do lago tomar conta do ambiente, eu me lembrei de que nunca havia terminado um de seus contos... Nunca havia escrito sobre o que acontecera com Belle e seus calmantes... e me senti culpado.
Sempre me sinto culpado, mesmo quando não há de quê sentir culpa, como se de repente eu fosse o próprio Josef K. admitindo que há culpas das quais não conhecemos e as quais estamos submetidos. Minha culpa é gerada e geradora de um círculo vicioso que alternas entre as estações do ano e os períodos de chuva...
Talvez seja o momento de por pontos finais nas coisas, já usei por muito tempo o recursos das reticências.
No fim daquela tarde acabei prometendo a Sebastian que acharia os manuscritos e que tentaria por um ponto final, qualquer que seja o final, à sua história.
Vasculhar manuscritos não é uma coisa fácil, tanto que ainda não tentei, as vezes temos que revirar o quarto, os livros e as estantes. No momento procuro revirar meu momento antes de partir para o dos outros.
O exercício da escrita sempre começou por mim e a respeito de mim, mesmo que tratando a mim enquanto outro que não eu.
Tenho uma história pra contar. Uma história como outra qualquer e enfadonha como outra qualquer.
Essa é a história de Sebastian, Stuart, Sara, Chris, Belle e muitos outros como nós...
2 comentários:
"Talvez seja o momento de por pontos finais nas coisas, já usei por muito tempo o recursos das reticências.". Adorei isso, escritor! Conta sim. Senta, que lá vem a história! =*
Que legal ver que andas praticando a escrita! Não sabia do blog. =)
Uma passagem do texto me chamou mais atenção: sobre o contemplar de patos em baixo de uma árvore. Me fez pensar nesse necessário e saudável alimento humano que é o nosso exercício de abstrair, tantas vezes esquecido pelo cotidiano.
Fiquei feliz de ver que valorizas esse tempo.
Parabéns, amigo! Continua tua jornada!
Beijos!
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