sábado, maio 15, 2010

Todos os meus caminhos levam à cafeteria


[...] enquanto escuto “So What” nos fones de ouvido.
Geralmente fico naquela mesma cafeteria do shopping, onde as pessoas normalmente estão almoçando apressadas, só para matar o tempo entre aquele momento e o momento da minha quase meia hora de monólogos.
Não chega a ser uma cafeteria tão bonita ou charmosa, mas é acolhedora em seus tons de creme, baunilha e café nas paredes. Já o era, antes de ser reformado, quando jovem e meu pai me deixava esperando-o lá, tomando café expresso e lendo a Carta Capital da quinzena.
Mas, onde eu estava? Ah, sim! Era que, de vez em quando, sinto minha vida tomar ares de romance, não daquelas grandes obras que trazem tramas complicadas, mas um daqueles que se lê em uma seqüência quase monótona, que vai enchendo o peito e que deixa um sabor gostoso ao se chegar ao ponto final.
Desconheço, por vezes, o quanto me perco em minha própria ficção, mas consigo tirar dela um sabor monótono, como os ventos quentes das tardes ou os salpicos finos da chuva que bate em minha janela e deixa pequenas gotas d’água sobre os livros da escrivaninha que estava lendo na noite passada. [...]
[...] quase na hora de ir. O creme de chantili bóia no café morno, lembrando-me de que o café só permanece quente, quando se devaneia, nos filmes.
Está chovendo bastante nessa tarde de maio. Não tenho guarda-chuva.
Escrevo pra passar o tempo, pra não me perder tanto nas linhas da vida cotidiana. Pago meus cafés, ponho minha jaqueta marrom com as marcas da chuva que levei e ando rápido, antes que a chuva caia com mais força.

E não consigo parar de assoviar “Só sei dançar com você” da Tulipa Ruiz.

domingo, maio 02, 2010

Aniversário





Abril passou e se foi mais um aniversário do Tardes Quentes de Outono.
6 anos.

Não tem muito o que se comemorar.


As vezes isso perde o sentido
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