quinta-feira, abril 28, 2011

Sete anos





Abril, mês dos aniversários. Não só do Tardes Quentes de Outono, mas de pessoas e momentos especiais pra mim.

É abril. Chuvas e sol. Em seu vigésimo primeiro dia, passado esquecido. Quantos anos? Sete anos. Dos diários ficcionais de seu primeiro ano às tentativas frustradas de por em palavras as pequenas grandes coisas da vida adulta, passaram-se muitos dias, meses, horas e pessoas...

Sete anos de cafés, Clarisses, Good Grief’s, dias chuvosos e tardes cada vez mais quentes.

Escuto Autumn In New York de Chet Baker enquanto tento escrever algo que seja diferente de um fechamento para balanço ou das velhas explicações do porque das coisas aqui nesse espaço. O tardes quentes sempre foi uma tentativa de fugir dos clichês.

Porque a vida não são jazz e taças de vinho, os romances sim. Mas de vez em quando dá pra se encontrar poesia nas olheiras das noites mal dormidas e no gosto doce do café tomado as pressas antes de ir para o trabalho.

Parabéns lembranças, verdadeiras ou não, que testemunham minhas mudanças. Porque chega de lamentar o passado, quando a estrada é longa, muito mais longa do que o caminho de asfalto que percorro, ao pisar nas folhas secas das árvores, que levam ao antigo manicômio em que resgato não só as lembranças, mas vidas inteiras de pessoas que sofrem, tentando transformar blues em acid jazz.

Que hajam muito mais quilômetros a serem percorridos nessas tardes de outono.



Um comentário:

Luana Andrade disse...

Meu caro amigo, saudações

Insiro-me neste contexto das lembranças e "particularidades universais", nesta retomada brusca que refaço à blogosfera... Sempre considerei Tardes quentes de outono confortável e cálido, vindouro para cafés, livros, devaneios e sobretudo, sensibilidade única, como também diversas vezes fui pretensa a proferir. A sensação das gotículas da chuva tão bem descrita ou o aroma adocicado de uma cafeteria do urbano, a poesia latente das linhas, entrelinhas... ahhh, tão sutil... Que o gosto prossiga, as lembranças prevaleçam o com este encanto tão soberbo outonal. "Música ao longe", Érico Veríssimo ,cogitei quando li este post. Que a melodia instigue-se a continuidade meu amigo.
Abraços cardíacos em ti.

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