domingo, junho 21, 2009

Aos meus amigos




Ando relembrando tempos de telhados molhados. Sim me recordo bem de como eram escorregadios e como eu costumava rumar pela cidade velha nos fins-de-semana, muitas vezes sozinho, outras tantas com amigos tão queridos.
Nas ruas feitas de paralelepípedos antigos, com linhas de bonde de séculos passados da cidade velha, de um bairro que já fora boêmio, me lembrava do vento frio que vinha do mar e passava dos arrecifes para o marco-zero do então bairro, correndo por entre as estreitas ruas de casarões antigos, como seu próprio nome, até ir parar por sobre meus ombros na frente daquele barzinho underground que costumávamos ir para dançar ao som de The Smiths, Joy Division, New Order, The Cure, David Bowe e tantos outros.
É engraçado ver que não fazem tantos anos assim, mas que essas lembranças já se juntam ao montante das boas lembranças que carregamos como remédios para os pequenos momentos de tédio e solidão. Não que a solidão seja algo que eu tema, ou que busque um retorno a momentos que tiveram seu exato momento, mas esse adulto que já caminha pra deixar de ser tão jovem ainda carrega sua meninice o tempo todo.
Os dias de chuva sempre me lembram nossas idas e vindas nas noites daquela rua agitada, cheia de pessoas diferentes, estranhas, mas sempre com bons amigos.

Trilha sonora:
Joy Division: Love Will Tear Us Apart: (não tanto pela letra da música, mas sim por todos que vêm me visitar quando ela toca)

2 comentários:

Carolis disse...

É mesmo a tua cara quando ela toca...

Sinto uma nostalgia vez por outra...e penso que não quero perder nminha meninice nunca,tbm não posso ficar nela pra sempre! uahuahuaha...

Espero que a gente possa curtir juntos ainda e sempre as estranhezas e as coisas tão nossas; essa nossa história que a antiga cidade guarda.

Afinal,

"There is a light that never goes out". ;D

Luana Andrade disse...

DW,
Lembranças são como cadáveres de afogados que repentinamente emergem das águas obscuras para amedrontar aqueles que ousaram esquece-los ou afasta-los de seu cotidiano incerto.
Esta nostalgia é deliciosamente necessária, porque nos fortalece a aperfeiçoamos nossas ideologias. Caminhar em telhados escorregadios é ousadia! Eu amo sentir e chuva também... Pelos detalhes da cidade fiquei fascinada e ainda estou. Abraço.
Adorei seu comentário, depois responderei a altura. rs. Até mais.

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