“ERA A VEZ DE OUTUBRO, POR ISSO FAZIA FRIO NAQUELA
NOITE E AS FOLHAS estavam vermelhas e alaranjadas e caiam das árvores que
circundavam a clareira. Os doze estavam sentados ao redor de uma fogueira,
assando enormes linguiças espetadas em varetas – que estalavam e estouravam ao
pingar gordura nos ramos incandescentes de macieira – e tomando sidra fresca,
que lhes enchia a boca com seu gosto agridoce [...]”
“[...] – Tudo bem – Conciliou Outubro. Sua barba
era multicolorida, um bosque no outono, marrom-escura, laranja como o fogo e
vermelha como o vinho, um emaranhado de fios na parte de baixo do seu rosto.
Suas bochechas eram rubras como maçãs. Ele parecia um amigo, alguém que você
conhece há uma vida. – Setembro pode falar primeiro. Vamos começar [...]”
(Gaiman in: Coisas Frágeis. Tradução de Micheli de
Aguiar Vartuni. Ed. CONRAD, p. 35 e 36)
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